Gestão coletiva

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Gestão coletiva

Qualquer projeto individual ou coletivo envolve algum tipo de investimento, algum tipo de custo, mesmo que seja somente o esforço das pessoas envolvidas. Com o Quilombo Ciência não é diferente. Mas se nenhum valor pode ser cobrado como condição para que as pessoas acessem os conteúdos, criem e percorram trilhas, gerenciem seus projetos ou divulguem e discutam suas ideias através do site, então como o projeto se sustenta?
Quem paga as contas? Quem decide como o dinheiro vai ser gasto? Quem decide o que deve ser feito com o dinheiro que sobrar? E o que daria para fazer se o projeto tivesse um pouco mais de recursos? Neste texto nós respondemos a essas e outras perguntas. Nesse momento o projeto está só começando e os gastos e recursos são poucos e simples, mas à medida que o projeto tenha mais trilhas acontecendo esses gastos podem aumentar, e a necessidade de apoio e geração de recursos também. Mas como gerir um projeto coletivamente quando as coisas ficam mais complicadas? Você pode enviar outras perguntas também, se tiver dúvidas sobre gestão coletiva.

Quanto custa manter o Quilombo Ciência funcionando?

Neste momento, o funcionamento das ferramentas online tem um custo relativamente baixo. O custo mensal direto de manter o site no ar é de menos de R$ 60,00 (Hospedagem em servidor compartilhado e domínios de internet). Esse valor é suficiente para manter no ar um site com poucos acessos simultâneos, relativamente poucos acessos mensais e um tráfego total de dados baixo ou moderado. À medida que mais trilhas e projetos sejam desenvolvidos, esse custo poderá aumentar bastante.

Quem faz todo o trabalho?

Esse valor evidentemente não inclui o tempo de trabalho envolvido na aprendizagem, pesquisa, design, programação, planejamento, manutenção, gestão, comunicação e muito mais, todo esse trabalho foi e é realizado voluntariamente nas horas vagas por um pequeno grupo de pessoas que acreditam nas ideias do projeto, assim como o custeio dos gastos atuais cuja arrecadação é feita quase sempre sob demanda. Mas o objetivo é que o Quilombo Ciência possa contar com no mínimo 3 pessoas com dedicação profissional ao projeto no primeiro semestre de 2026.

Quem decide como o dinheiro vai ser gasto?

Até agora, a grande preocupação financeira com o projeto foi garantir mês a mês os valores necessários para manter o site no ar, com raras e curtas interrupções durante os últimos 7 anos. Mas o financiamento do projeto é baseado na ideia das contas abertas e da participação de todas as pessoas que participam efetivamente das trilhas de aprendizagem, pesquisa e criação nas decisões sobre os fundos, recursos e gastos.

Como é possível saber como o dinheiro é utilizado?

A partir de Setembro de 2025, nós vamos prestar contas da arrecadação e das despesas do projeto através de um livro-caixa digital no qual serão divulgados a arrecadação e os gastos em tempo real e também através de relatórios periódicos. Basta acessar quilombociencia.org/gestao

Quem vai decidir o que será feito com as sobras?

Por enquanto os valores excedentes na conta do projeto nunca excederam 20% dos gastos mensais, nessas situações os valores foram conservados na conta e absorvidos pelos meses deficitários. Mas o objetivo é que possamos criar um fundo para investir em melhorias no projeto e principalmente no investimento nas trilhas. As decisões serão tomadas a partir de reuniões de gestão coletiva.

O que acontece se faltar dinheiro?

Como o financiamento está acontecendo por demanda, se em algum mês faltar dinheiro para a hospedagem ou o pagamento do domínio de internet o site pode sair temporariamente ou até definitivamente do ar.

O que dá para fazer se o projeto tiver mais dinheiro?

Os objetivos principais do projeto vão muito além de disponibilizar as plataformas online, embora apenas isso já seja muito importante. Nós queremos organizar muito mais trilhas e projetos, realizar eventos, criar grupos de estudos, iniciar e incentivar ações de divulgação e letramento científico online e principalmente nas nossas comunidades. Se conseguirmos arrecadar fundos suficientes poderemos legalizar o projeto como uma entidade coletiva e investir em trilhas de criação como o primeiro laboratório comunitário.

Como pretendemos aumentar a arrecadação?

A principal forma de arrecadação do projeto vai continuar sendo através de contribuições voluntárias individuais, mas vamos começar uma campanha sistemática de arrecadação através de apoios pontuais e também de contribuições contínuas. Além disso, agora o site do Quilombo Ciência poderá contar com uma loja onde pretendemos disponibilizar principalmente produtos personalizados como canecas, chaveiros, canetas, estojos e camisetas. Também pretendemos realizar eventos e campanhas pontuais de arrecadação para objetivos específicos.

Qual a importância da autonomia financeira?

Autonomia financeira é a ideia de que as pessoas que participam de cada projeto devem poder decidir como os recursos são gastos e investidos, de acordo com os objetivos imediatos e estratégicos do projeto. As decisões precisam ser tomadas por pessoas envolvidas no projeto e que participam das trilhas e atividades. Para isso, mesmo que a realização das trilhas possa ser custeada através de parcerias, editais de fomento e doações específicas, o financiamento do Quilombo Ciência deve depender apenas de fontes e ações próprias.

O que acontece se o projeto se tornar muito grande e complexo, envolvendo muitos recursos e pessoas?

Uma das diretrizes da gestão coletiva do projeto é a descentralização: as pessoas que participam de cada trilha são responsáveis pela gestão dos recursos, e trilhas que se tornam grandes e complexas podem constituir novos coletivos copiando, utilizando e modificando livremente as ferramentas de código aberto e o conteúdo criado através do Quilombo Ciência.

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