MULHERES CONTRA O FOGO NA DEFESA AMBIENTAL

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MULHERES CONTRA O FOGO NA DEFESA AMBIENTAL

Nova brigada florestal formada apenas por mulheres foi lançada oficialmente em outubro no interior de São Paulo, reforçando a crescente participação feminina em trabalho com risco envolvido no cenário ambiental

Quando pensamos em grandes incêndios, sejam eles urbanos ou florestais, temos em mente a atuação dos bombeiros, homens destemidos que arriscam suas vidas para salvar o próximo. O imaginário popular, permeado por uma cultura que coloca a figura masculina como protetora da sociedade, enquanto cabe à feminina guardar o lar, pouco nos permite conceber um cenário onde as mulheres deixam suas famílias e seus ofícios para encarar o fogo de frente e assumir papéis de guardiãs não só de seus lares mais íntimos, mas também do planeta que habitamos. E muitas delas de forma voluntária, como é o caso de parte das combatentes florestais.

Mesmo que ainda não tenhamos nos acostumado com a ideia de mulheres na linha de frente contra incêndios, esta é uma realidade que cada vez mais toma corpo dentro do combate ao fogo, seja ele florestal ou urbano. Exemplo disso é o número relevante de mulheres que compõem as operações contra os incêndios florestais que acometem todas as regiões do país, mostrando que a defesa do meio ambiente em situações hostis é, sim, de interesse e trabalho feminino.

Imagem: reprodução Brigada Florestal Suçuaranas

Neste contexto, embora venha atuando desde agosto, foi oficialmente lançada em outubro a Brigada Florestal Suçuaranas: a primeira brigada florestal inteiramente feminina do estado de São Paulo e a quarta não-institucional do Brasil. As novas brigadistas chegam com a missão de agir na prevenção e no combate aos incêndios florestais que acometem cada vez mais a região, e também colaborar e atuar na educação ambiental da sociedade para que seja possível não só reduzir a ocorrência de incêndios através da prevenção, como também aumentar ações de proteção às florestas e sua biodiversidade.

Movida pelo ecofeminismo, que entende que as violências perpetradas contra a natureza pelo sistema capitalista patriarcal são as mesmas violências perpetradas contra a mulher, como exploração e opressão dos corpos físicos e simbólicos, a brigada escolheu a suçuarana (também conhecida como onça-parda) para simbolizá-la como forma de “ressignificar o modo como culturalmente e de forma pejorativa as mulheres são referidas dentro de seus círculos sociais como ‘dona onça’”, relata a chefe da brigada Dulcinea Lopes da Silva, e também como homenagem a um animal topo de cadeia que habita todo o continente americano, inclusive as matas de nossa região, exercendo um papel preponderante na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas, assim como as mulheres exercem papeis de fundamental importância nas sociedades.

Brigada Florestal Suçuaranas – Defesa das Florestas!
Instagram: @sucuaranas.brigadaflorestal

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