Para Carl Sagan.

Para Carl Sagan.

Olá, Carl.

Te escrevo no final de uma tarde calma, em meio a um inverno frio. Frio para os padrões aqui do Brasil, você sabe, em um dia cujo clima ameno com certeza te agradaria. Um raio forte de sol entra pela porta do escritório, é refletido contra a parede azul clara e se espalha tomando conta de todo o ambiente, preenchendo tudo com um brilho pálido e dourado. Nos últimos dias, o Sul e o Sudeste do Brasil foram castigados por um ciclone, ventanias e tempestades, mas hoje uma brisa suave e fria sopra na sala morna. Pela porta, olho para uma floreira no jardim com a terra recém preparada para plantar, e vejo que a brisa deposita gentilmente uma semente de dente-de-leão.

Depois desse momento de distração, olho para a tela em branco do computador decidido a começar te contando essa pequena anedota, sei que gosta desses pequenos eventos fortuitos do cotidiano. Também sei que não vai importar-se que eu não desperdice o nosso tempo pedindo notícias suas, já que nos conhecemos bem, e há tanto tempo. Ambos sabemos que isso seria um exercício inútil, meu querido amigo. Você ficou impossibilitado pelo tempo de manter seu hábito gentil de responder a todas as cartas, nos últimos anos você nunca respondeu a uma, nem de seus mais estimados correspondentes, e essa não será uma exceção. Mas devo dizer que nos últimos contatos que tive com você me impressionou como após tantos anos você continua vivaz, suas ideias são lúcidas e inspiradoras como sempre, e guardam uma potência que talvez só possa ser mais amplamente compreendida no futuro.

Queria lhe escrever com mais tempo e tranquilidade, mas preciso postar essa carta antes da meia-noite. Dessa vez, te escrevo a pedido de uma amiga. Me pediu que eu lhe contasse sobre a minha experiência recente durante um semestre no curso de Didática. Foi um pouco difícil começar, sabe que eu já tenho essa dificuldade para começar cartas, e além do mais o curso foi bom, provocou questões que eu ainda não resolvi bem e ainda nem sei bem como formular, toda vez que tento, faço atabalhoadamente. Acho que lhe escrever vai me ajudar a processar algumas coisas, então vou tentar a medida que te escrevo. Talvez fosse isso mesmo que minha amiga esperava que acontecesse. Boa parte dessas questões já são as que me incomodam, que me provocam, mas os textos e as discussões do curso trouxeram perspectivas particularmente intrigantes. Você sabe que eu sempre fui apaixonado por aprender e ensinar, mas sempre fui profundamente incomodado com a escola, e que foi por isso mesmo que fui me meter com educação. Mas agora está muito mais complicado, você se surpreenderia.

Me lembro que você falou uma vez que toda criança nasce cientista, e que então nós arrancamos isso delas, e que só algumas conseguem passar pelas brechas do sistema e manter seu senso de maravilhamento e entusiasmo intactos. Pois pra mim, fazer o contrário disso deveria ser o único papel da educação, e como eu vou me conformar, que ela faça o oposto? E que as pessoas que consigam preservar na vida o amor por aprender, tenham que fazer isso apesar da educação da sociedade, e apesar da educação institucionalizada na escola, Carl, eu te juro… Claro que falar que tem crise na educação é tão antigo quanto a ideia de educação, mas desde que surgiu a escola moderna acho que ela nunca esteve tão perdida.

Você não tem noção, a internet explodiu a sociedade, na última vez que você viu era o comecinho, mas depois… Claro que, como se previa, a capacidade de comunicação da humanidade se multiplicou exponencialmente, imagina, 6 em cada 10 pessoas da Terra já têm acesso à internet, o que acontece com qualquer uma dessas pessoas pode ser visto quase instantaneamente por todas as outras. Mas as questões mais complexas que surgiram com isso na educação, acho que poucas pessoas poderiam prever. Eu vou tentar te explicar o que eu sei, e como eu disse, as perguntas que me incomodam, mas na verdade ninguém entendeu bem ainda e acho que vamos demorar a entender. Lembra que o Isaac falou em uma entrevista sobre o que ele achava que ia acontecer quando as pessoas pudessem ter computadores em suas casas? Ele realmente acreditava em um grande despertar do conhecimento, acreditava que todo mundo iria redescobrir um amor há muito tempo perdido pela aprendizagem, redescobrir esse maravilhamento das crianças, e que a personalização da aprendizagem e o fim do currículo padronizado viriam com os computadores domésticos, que cada pessoa encontraria no computador um professor particular com acesso a todo o conhecimento do mundo, acreditava que ao contrário de desumanizar, essa experiência humanizaria o processo de aprendizagem, e tornaria a aprendizagem uma tarefa para a vida toda e não restrita a um período como os anos escolares dos quais as pessoas esperam ansiosamente por livrar-se ao serem consideradas formadas, terem firmado em certificado que concluíram na vida a tarefa de aprender. O velho Asimov deu essa entrevista em 88, com certeza é um visionário. E claro que essa fala é muito inspiradora, a forma como ele vê o papel da aprendizagem teria muito a ensinar para as gerações que de fato estão começando a conviver e conviverão com tecnologias capazes de aumentar tanto assim a potência da nossa espécie para se comunicar. Mas até agora, as coisas não parecem estar caminhado bem assim, o acesso a essas quantidades exorbitantes de informações não causou a revolução na relação das pessoas com a aprendizagem que ele esperava quando deu essa entrevista. Tudo bem que o rumo que o velho Isaac vê para o desenvolvimento das tecnologias também acabou sendo bem diferente do que aconteceu de fato: os computadores miniaturizaram-se e foram parar nas mãos e nos bolsos das pessoas bem antes de tornarem-se tão sábios quanto os computadores que ele fantasiou, e o controle privado dos fluxos de informação concentrou um nível nunca visto de poder nas mãos de algumas pessoas na Terra para decidir a quais informações as outras pessoas terão acesso. Mas acho que ele tocou em um ponto fulcral desse problema todo dos sistemas educacionais e da aprendizagem, que é o de “um para muitos” e de “um para um”. Carl, acho que se todos os dias eu digitar no Google (queria poder conversar com você sobre Google), mas se todos os dias eu digitar lá uma lista pequena de palavras chaves como tecnologias educacionais, métodos de ensino ou metodologias de aprendizagem, todos os dias eu vou conseguir coletar facilmente uma dezena de panaceias lançadas ao redor do mundo para resolver a crise da educação, a crise da aprendizagem, e isso se eu fizer um filtro eficiente das milhões de soluções fantásticas para aprender tudo, aprender mais rápido, aprender melhor.

Ensinar virou um negócio rentável, a atenção das pessoas que fazem o movimento ativo por aprender, seja por qual razão tentem fazer isso, é disputada vorazmente. No meio acadêmico e científico também o debate está fervendo, uma cornucópia despejando novidades em artigos da pedagogia, da neurociência e das ciências cognitivas, da psicologia, da epistemologia e das ciências da computação discutindo as descobertas sobre como funcionam os mecanismos complexos do processo de ensinar e aprender, problemas e soluções para os dilemas dos sistemas educacionais, e como parece bem assentado na nossa sociedade que a escola é o lugar de aprender, uma infinidade de artigos discutindo os limites e potenciais da escola e os choques de interesses públicos e privados na disputa pelo controle dos rumos da educação. Sem dúvida a maioria desses artigos é pura baboseira, assim como a maioria dos resultados do Google, mas também certamente muitos estão oferecendo contribuições evidentes para a solução dos nossos problemas mais difíceis. Inclusive, acho que se a história continua funcionando como sempre parece ter funcionado, ainda que o tempo das coisas seja sempre imprevisível, é bem provável que as soluções para alguns desses problemas que nos afligem mais imediatamente inclusive já estejam escritas em algum ensaio ou tenham sido faladas em algum dos lugares e em alguma das muitas línguas da Terra em textos e discursos que ainda não foram completamente entendidos ou não receberam a devida atenção. Mas em se tratando de educação, por enquanto, nada surgiu ainda de tão parecido, nem na eficiência e capacidade de universalização da sua forma, nem na quase unanimidade de seu conteúdo com a escola moderna, nada tão sintético do espírito de uma época. Onde quer que se consiga avançar no objetivo de levar educação, filas de carteiras juntam-se à marcha combalida de outras carteiras, todas essas pessoas são as que têm alguma sorte, assumem desde a mais tenra idade as tarefas envolvidas no processo de compreender e desempenhar o papel de aluno, de reproduzir e idealmente, com ainda mais sorte, produzir o conhecimento, com óbvias exceções, modelos diferentes experimentados e implementados aqui e ali, esse modelo, com suas salas de aula, currículos padronizados e turmas seriadas segue sendo o modelo padrão do sistema de educação e aprendizagem, talvez em grande parte porque quando se trata de garantir o mínimo para o máximo de pessoas a sua eficácia ainda não foi superada.

Acho que agora, se quisermos falar do que as pessoas chamam de crise da educação, é principalmente da crise desse modelo que podemos falar com segurança. Carl, faz tempo que ele não está funcionando mais. Enfileirar as carteiras e transmitir o conteúdo do currículo é um esforço que atende minimamente a esses padrões da necessidade de educar a muitas pessoas, que deixa para as escaramuças encarniçadas da guerra das ideologias e da economia a disputa dos sentidos de educar e de aprender. Sabe quando o Gramsci fala que o antigo está morrendo, e o novo ainda não pode nascer, e que nessa situação nós convivemos com sintomas mórbidos? Pois é, meu querido amigo. Em nossa sociedade toda acumulam-se de fato sintomas mórbidos, e essa percepção é ainda mais pungente hoje do que no dia em que o Gramsci escreveu. A expressão dessa condição nos sistemas que organizam as escolas, os espaços e lugares oficializados de aprender comporta concomitantemente dinâmicas fúnebres e promessas de milagres.

Há uns anos atrás eu li um artigo que falava sobre a crise dos MOOCS, dizia que eles não eram interativos, então não havia aprendizagem real acontecendo ali. No final dos anos dois mil, quando os computadores conectados à rede mundial começaram a realmente chegar às casas das pessoas, com mecanismos de indexação e busca mais eficientes, sistemas mais intuitivos, e algumas coisas já indicavam que eles rapidamente se tornariam mais portáteis e acessíveis, esses Cursos Online Abertos e Massivos pareciam para algumas pessoas o novo milagre possível. Instituições e organizações educacionais de todos os portes e do mundo todo empreenderam esforços contundentes e eficientes ao longo de toda a década que se seguiu no sentido de disponibilizar grandes quantidades de conteúdo educacional gratuitamente e em diversos formatos, aulas disputadas de professores renomados, cursos exclusivos de universidades reconhecidas. O que esperava-se que ocorresse era algum tipo de avivamento intelectual, talvez como o que o Isaac acreditava que viria a acontecer. Mas isso também não aconteceu. A quantidade de pessoas que conclui esses cursos, mesmo entre aquelas que desde o início registram grande interesse e manifestam necessidade de concluí-los é muito pequena. Mesmo com o avanço das tecnologias educacionais até agora, com robustas plataformas virtuais especialmente desenvolvidas para viabilizar a aprendizagem online, com técnicas de gameficação, conteúdos interativos e metodologias diversificadas, os resultados são pífios.

É muito divertido que apesar de nos conhecermos tão bem e termos passado tanto tempo juntos nos últimos anos, você não saiba quase nada sobre a minha infância, nunca pude te contar. Eu aprendi a ler bem cedo, é uma das minhas lembranças mais antigas. Minha mãe me puxava apressadamente pela mão no centro de Jundiaí, e antes que ela visse eu aos quatro anos apontei para o ônibus 102 que ia para o nosso bairro e falei “Tamoio”. Ela a princípio concluiu que eu tivesse decorado apesar de eu já me interessar por coisas escritas, mas não demoramos para perceber que eu de fato conseguia ler as palavras. Pouco tempo depois, lia qualquer coisa que pegasse nas mãos. Me lembro de ouvir algumas vezes em casa que, por essas e outras coisas, eu era inteligente. Minha mãe era merendeira, muito querida na escola em que trabalhava. Quando cheguei à idade certa para começar a ir ao pré-primário, não quis que eu ficasse na pré-escola mais próxima da nossa casa e acionou todos contatos que pôde para que eu fosse para uma escolinha melhor. A escolinha ficava em um bairro próximo, chamado Colônia Italiana. Meus pais faziam um grade esforço para garantir que e fosse de perua escolar, e comigo na perua ia e voltava todos dias a única outra criança negra da escolinha, uma menina chamada Clara. O nome dela lhe rendeu apelidos quase automáticos e para mim o apelido que ganhei foi como deve ter sido para a Clara a primeira experiência de racialização, eu era o sujeirinha. Ia para a escola sempre com o cabelinho muito curto e bem cortado, arrumado na escovinha, meus pais faziam questão, minha camisa estampada em xadrez vermelho e branco e o shorts azul estavam sempre impecáveis e o salário de metalúrgico do meu pai geralmente garantia um bamba ou um quichute novinhos, meu uniforme era um brinco, mas eu era o sujeirinha. Como se não bastasse, não gostava de fazer as atividades. Anos depois fui olhar nas velhas caixas da minha mãe os cadernos brochura nos quais de 5 ou 10 folhas exigidas de pauzinhos e bolinhas, triângulos e quadrados, eu fazia duas, sendo que ao final as formas arrastadas já eram quase irreconhecíveis, acho que a queixa recorrente de que eu era distraído surgiu para mim nessa época também, mas com certeza foi a tia Cléo quem primeiro me chamou de metido, por eu achar que não precisava mais fazer as bolinhas e pauzinhos porque sabia ler, mas não foi quem primeiro reclamou que eu perguntava demais. Inteligente, curioso, preguiçoso e distraído. Continuei lidando com variações desse estribilho ao longo da vida escolar e ao longo do tempo me acostumei a fazer no máximo o mínimo necessário, a não ser quando algo estimulava minha curiosidade e eu tinha liberdade de perguntar. No pré, não sei quanto tempo durou o apelido de sujeirinha, mas além deste me lembro de um outro, em um empurra-empurra na fila, voltando do pátio para a sala, bati a boca na nuca de uma outra criança e machuquei o lábio inferior que ficou quase imediatamente bem inchado, eu sempre chorei fácil e a professora tentou ser gentil e me consolar dizendo que eu estava bonitinho, mesmo beiçola. Bastou para que o adjetivo virasse o apelido e o apelido um daqueles cantos repetidos de crianças na mesma hora, um saco. Aos seis anos, eu chorava todos os dias.

Estou te contando essa história em particular, porque dia desses estava me lembrando dela em uma aula desse semestre de didática, quando apresentávamos um seminário em dupla. Estávamos tendo uma conversa que mesmo no Brasil de 2023 é frequentemente indigerível para muitas pessoas, relacionando um artigo sobre fracasso escolar de meninos negros a uma obra de um Pintor espanhol chamado Modesto Brocos, não sei se você conhece, ele ilustra o projeto de embranquecimento encampado pelas elites políticas, econômicas e intelectuais do Brasil no período pós-abolição. Foi a primeira vez que falei sobre essas histórias do pré-primário assim em público, como uma forma de ilustrar o assunto que estávamos tratando, afinal como o tema do trabalho estudado eram meninos negros eu podia falar como alguém que tinha sido parte do objeto de estudo.

Eu tinha muito para ter saído rodopiando descontroladamente e definitivamente do redemoinho do sistema educacional em qualquer uma dessas voltas dadas tão perto das suas regiões marginais, como tinha muito para aceitar com conformidade e naturalidade o fato de ainda ser minoria nesse espaço.

Estar ali naquele lugar, e aceitar voluntariamente essa posição tinha a intenção de ajudar a evidenciar a persistência de uma contradição. Na nossa turma, a quantidade de estudantes negros era muito pequena, pouco mais de 16%. Eu estou em uma universidade que havia acabado de ser considerada uma das 100 melhores do mundo, o acesso a espaços assim para muitas pessoas é considerado um parâmetro importante do sucesso no processo educacional. De qualquer maneira, apesar de todos o percalços eu não estaria contado entre aqueles que sucumbiram ao fracasso escolar. Mas já tínhamos discutido ao longo do semestre, em aulas, palestras e trabalhos em grupo as dificuldades do sistema educacional para lidar com a situação aparentemente paradoxal entre a necessidade da universalização do acesso à educação e a sua incapacidade de lidar com as particularidades, mas aquele trabalho me fez ver em nossa própria sala de aula uma analogia tão concreta do fato de que, naquela altura já tínhamos elementos suficientes para perceber que nesse sistema educacional cujo produto mais abundante é o fracasso escolar pessoas como eu eram a maioria entre aquelas que, para os parâmetros desse sistema desistiram de aprender. O fato de que mesmo estando nessa universidade eu ainda esteja formulando essas perguntas difíceis e que não aceite essa condição de minoria como uma situação dada também talvez seja um sinal que mesmo para os seus critérios eu não perdi a minha curiosidade e minha capacidade de espantar-me com as coisas.

E ao final do curso, eu ainda lidava com um gosto amargo e uma sensação angustiante apesar da certeza de que havia participado de uma experiência rica de aprendizagem. O modelo tradicional de educação massificada está nos seus estertores de morte. O despertar da ampliação do conhecimento imaginado por Asimov não parece estar oculto por detrás do nosso horizonte imediato, e as saídas baseadas em novas tecnologias educacionais para superar o problema do esgotamento dos modelos atuais de educação massificada também não indicam solução além de algumas experiências bem-sucedidas, sucessos esparsos e medidas paliativas. Na prática, o sistema educacional e a relação da nossa sociedade com a aprendizagem continuam sendo mais um entrave que um suporte para que algumas das pessoas busquem conhecimento como parte do fazer de suas vidas. O que fazer com o fato de que as pessoas estejam passando por violências dessa natureza e profundidade agora dentro do sistema educacional e que potências, curiosidades, que as vontades mais arraigadas de entender sejam esmagadas impiedosamente enquanto buscamos saídas? E como fazer com que as novas tecnologias sirvam para esse propósito de promover o acesso ao conhecimento, ao invés de o de interpor a ele maiores e mais sofisticadas barreiras?

O mal-estar resistiu ao curso, querido amigo, uma espécie de vertigem de quem olha para um abismo profundo, e as perguntas difíceis de serem respondidas seguem se alternando, são as mais exigentes para serem formuladas, não serão escritas nem respondidas nessa carta, mas eu não pretendo parar de tentar entender e mudar as coisas.

Eu tenho esperança, Carl. Acho que mesmo que não consigamos enxergar saída agora, precisamos como disse Mayakovski arrancar alegria ao futuro.

Lamento que eu não possa te escrever mais. É quase meia-noite agora e eu preciso molhar os dentes de leão.

Essa carta foi apresentada primeiro em 2023 para a atividade de “Narrativa sobre si”, proposta pela professora Paula Perin Vicentini entre as atividades avaliativas da disciplina de Didática I da Licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. A proposta era escrever através de uma carta a um interlocutor da minha escolha sobre o semestre e “compartilhar uma reflexão a respeito das contribuições das atividades realizadas no âmbito da disciplina (leituras, interações nos Grupos de Trabalho e discussões efetuadas durante as aulas) para a sua compreensão dos processos de ensino-aprendizagem e das questões nucleares para o exercício da docência: relação pedagógica, disciplina, avaliação etc.”. Eu tinha muitas perguntas, mas escolhi escrever para um amigo que não poderia me responder senão através das coisas que já havia escrito.
Agora decidi publicar aqui para tentar conversar com qualquer pessoa que possa ter perguntas e preocupações semelhantes.

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